"Ser policial foi uma opção financeira", diz primeira mulher comandante da PM-BA

Com 31 anos de experiência na corporação, a tenente-coronel Roseli de Santana Ramos assumiu o Batalhão de Policiamento e de Proteção à Mulher

Foto: Filipe Luiz/Metropress

Foto: Filipe Luiz/Metropress

A primeira mulher comandante da Polícia Militar da Bahia, a tenente-coronel Roseli de Santana Ramos, comentou sua trajetória até a o cargo na organização. Em entrevista ao Jornal da Cidade, da Rádio Metropole, ela disse que a polícia a escolheu, já que trabalhar enquanto policial não era um sonho.

"Foi uma opção financeira. Não era um sonho, mas se tornou uma paixão, porque eu amo a Polícia Militar da Bahia. Eu amo o que eu faço e admiro muito a minha corporação. Apesar de não ter escolhido ela como profissão, eu aprendi a amá-la e a respeitá-la profundamente", afirmou.

A tenente falou ainda sobre o desafio de comandar o Batalhão de Policiamento e de Proteção à Mulher, que é composto 50% por homens e 50% por mulheres. "Eu tenho 31 anos de Polícia Militar e durante o decorrer deste tempo a gente vai se capacitando e aprendendo a lidar com a tropa, com as pessoas de cada área que a polícia atua. E assim a gente chega com maturidade para o cargo, não é que seja fácil, mas é menos doloroso", acrescentou.

O Batalhão é oriundo da antiga Ronda Maria da Penha, que teve seu status elevado. "Faz parte de uma ratificação do Governo do estado e da Polícia Militar no compromisso do enfrentamento à violência doméstica. A Ronda Maria da Penha foi elevada ao status de Batalhão exatamente por causa deste compromisso para atender melhor, aumentar os serviços com as rondas da capital e no interior", finalizou.